Há muito tempo atrás, um rapaz olhou para o sol e sonhou alcançá-lo. Muitos à sua volta disseram-lhe que era loucura, que um homem não podia chegar ao sol. Mas, ainda assim, ele não desistiu de seu sonho.
Muito tempo passou, até que ele finalmente concretizou seu plano: armações de madeira ligadas aos braços, cobertas por penas de aves coladas com cera, um lugar alto e correntes de vento para amparar seu impulso. E assim, num ímpeto de certeza de poder realizar tudo aquilo que sonhara, lançou-se rumo a seu destino.
O calor do sol aumentava na medida em que ele chegava mais e mais perto de alcançar um sonho. Com o tempo, e com a cera derretendo, ele caiu. Mas a queda foi do homem já realizado, por saber que o sonho não morreria com ele: o sol já havia sido alcançado, na chama que ficou acesa na memória e no coração de outros que o sucederam.
E assim, anos e anos mais tarde, o homem enfim ganhou asas. Cada vez mais velozes, e a cada década mais e mais resistentes, a ponto de chegar não ao sol, mas ao menos de pisar na lua. E o sonho continua, os destinos se ampliam, e quem sabe um dia, depois de marte e saturno, outras galáxias ainda virão. Ainda não vieram na realidade, e até parece loucura aos que nos cercam, mas já existe há muito nos sonhos, não mais de um único homem, mas de vários que hoje acreditam que seja possível.
O limite de um sonhador é a infinidade de sua imaginação. E por mais perecível que seja o seu corpo, sua alma sempre resistirá até o limite de seu sonho. E, sabe aquele homem que um dia caiu? Depois de perder as asas virou um andarilho, e segue caminhando ao encontro do sol. E está quase chegando lá...
Åndarilho §amurai
Muito tempo passou, até que ele finalmente concretizou seu plano: armações de madeira ligadas aos braços, cobertas por penas de aves coladas com cera, um lugar alto e correntes de vento para amparar seu impulso. E assim, num ímpeto de certeza de poder realizar tudo aquilo que sonhara, lançou-se rumo a seu destino.
O calor do sol aumentava na medida em que ele chegava mais e mais perto de alcançar um sonho. Com o tempo, e com a cera derretendo, ele caiu. Mas a queda foi do homem já realizado, por saber que o sonho não morreria com ele: o sol já havia sido alcançado, na chama que ficou acesa na memória e no coração de outros que o sucederam.
E assim, anos e anos mais tarde, o homem enfim ganhou asas. Cada vez mais velozes, e a cada década mais e mais resistentes, a ponto de chegar não ao sol, mas ao menos de pisar na lua. E o sonho continua, os destinos se ampliam, e quem sabe um dia, depois de marte e saturno, outras galáxias ainda virão. Ainda não vieram na realidade, e até parece loucura aos que nos cercam, mas já existe há muito nos sonhos, não mais de um único homem, mas de vários que hoje acreditam que seja possível.
O limite de um sonhador é a infinidade de sua imaginação. E por mais perecível que seja o seu corpo, sua alma sempre resistirá até o limite de seu sonho. E, sabe aquele homem que um dia caiu? Depois de perder as asas virou um andarilho, e segue caminhando ao encontro do sol. E está quase chegando lá...
Åndarilho §amurai